Nomeação polêmica mobiliza oposição
Governo do Estado contrata petista que esteve envolvido no mensalão
A sessão de ontem na Assembleia Legislativa foi interrompida, por falta de quórum, depois que o deputado Edson Brum (PMDB) foi à tribuna denunciar a nomeação de Marcos Fernando Trindade, que esteve envolvido no escândalo do mensalão, para um cargo em comissão (CC) no governo Tarso Genro. Trindade está lotado como chefe de seção na Secretaria de Habitação e Saneamento desde 15 de fevereiro de 2012, segundo o Diário Oficial. Além do salário, Trindade recebe gratificação de representação de 40%. Questionado sobre quais seriam os critérios da nomeação, o secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, disse que Trindade foi indicado ao cargo e "tinha currículo coerente com a atividade que iria exercer". Quando perguntado sobre quem teria feito a indicação, Frison respondeu: "Não interessa". O secretario acrescentou que "não existe acusação nem processo tramitando na Justiça" contra Trindade. Além disso, Frison revelou que Trindade pediu exoneração do cargo há uma semana por "motivos pessoais". O secretario disse que ainda não assinou o pedido. O deputado Jorge Pozzobom (PSDB) também usou a tribuna para falar sobre o caso. "Os recursos canalizados para o PT gaúcho serviram, entre outras coisas, para custear despesas da campanha eleitoral de 2002, quando Tarso Genro concorreu pela primeira vez ao governo do Estado", afirmou. O tucano Pedro Pereira classificou como "lamentável" a nomeação. Em 2005, Trindade foi indiciado pela Polícia Federal por abastecer o caixa 2 do partido com dinheiro do "valerioduto". Na ocasião, disse que concordou em transportar o dinheiro porque aceitaria qualquer tarefa que o PT lhe delegasse. Ele fez acordo judicial para se livrar do processo. |
Postado por assessoria do ver.pedro Bassin
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