18 de outubro de 2012

E-mail recebido (Sobre as Árvores da BR 287)


Estimado Vereador, permita-me fazer um contraponto de sua postagem em 
seu Blog.
Creio ser óbvio que a culpa dos acidentes não é das árvores que estão 
nas margens da rodovia. Não é essa a discussão. A discussão é que a 
faixa de domínio deve ser uma área de segurança e não uma floresta de 
árvores exóticas de grande porte!!! Dizer que precisamos de motoristas 
mais conscientes e que a culpa, na maior parte das vezes, é dele, tb é 
chover no molhado. O senhor sabe que estamos sujeitos a erros e falhas, 
e só no mundo de faz de conta teríamos um trânsito perfeito e sem 
acidentes. Por isso, precisamos fazer alguma coisa para frear a 
mortalidade dos acidentes na região. O caminho mais curto é retirar o 
fator que tem sido determinante no resultado do acidente.

Imaginemos, hipotéticamente, que um condutor que conduz seu carro 
imprudentemente e leva consigo passageiros. Num choque com uma árvore, 
falece somente os passageiros (aliás foi o caso do Dep. Chicão). 
Pergunto, qual a culpa dos passageiros? condenaremos a morte eles pois o 
condutor do veículo é imprudente? e se isso acontecer com um ônibus 
cheio de passageiros, qual é a culpa dos passageiros???

Barrancos não são problemas pois além não ter alternativa de retira-los 
ou não, ou seja, coisas óbvias nem deveriam estar entrando na discussão, 
não estão perpendiculamente a rodovia com as arvores. Quando alguém 
choca-se com um barranco, normalmente colide lateralmente e não 
frontalmente como ocorre com árvores. Já quanto aos precipícios também. 
A maioria tem defensas e não deve ser esta a discussão. A discusssão 
deve ser sobre os lugares onde há possibilidade de retirar as árvores 
para evitar choques diretos. Portanto, a vegetação que está sobre os 
barrancos e na beira de precipícios não há necessidade de serem 
cortadas.
Fiz um levantamento para um trabalho de pós graduação, que está em 
desenvolvimento para entrega em Dezembro, sobre os acidentes no trecho 
entre o posto da Polícia Rodoviária Federal e o trevo de São Vicente do 
Sul. Os resultados foram os seguintes:

- O tipo mais comum de acidente na região é a saída de pista com mais 
de 50% (ous seja, bater em uma árvore é uma loteria).
- desde outubro de 2009 tivemos 34 colisões em árvores neste trecho 
resultando em 8 mortes e 8 feridos com gravidade. Se pegarmos desde 
janeiro de 2011 as mortes em que houve colisão com árvores representaram 
53% do total.

Quanto ao aproveitamento da madeira, basta os órgão públicos e a 
sociedade fiscalizarem. Por que não se pode fazer um leilão de 
exploração da área onde a madeira deve ser removida com os resultados 
revertidos na segurança viária ou na compra de viaturas, por exemplo?

Que se coloque defensas onde for viável e se remova as árvores onde for 
necessário. Pode-se exigir tb que para cada árvore exótica retirada seja 
plantada 2 árvores nativas em outro lugar. Ou mesmo que seja planatada 
vegetação arbustiva nativa no local onde estão plantados os pinnus. 
Temos várias alternativas. O que não podemos é ficar nesta discussão 
inócua de ficar procurando culpados dos acidentes ou se a paisagem é 
bonita ou não. O que deve ser discutido é se apresença de árvores 
inadequadas vale mais que a vida humana.

Comentário:
Caro amigo Matheus.
Gostaria de deixar bem claro uma coisa: Neste pais se faz as coisas erradas ou sem pensar, para ver se da certo. Se não da certo, procuramos fazer algum remendo. Infelizmente é assim mesmo. 
Concordo quando você diz que a faixa de domínio é uma área de segurança quando acontece algum acidente.Também acho que poderiam ter sido evitado muitas mortes se não fossem as árvores que estão a beira da rodovia.
Só tem um detalhe, estas árvores estão ai a mais de 30 anos e os acidentes aumentaram apenas nos últimos anos o que pra mim é normal ter aumentado pelo motivo de também ter aumentado o numero de veículos nas rodovias.
Mas vamos ao comentário que eu gostaria de fazer quando eu falei do (remendo).
Quando foi projetada e feita a rodovia, quem à projetou deveria saber que Árvores as margens da pista seriam um perigo em caso de algum acidente.
Ai entram jogos de interesses desde a compra de mudas, o plantio e agora a exploração das madeiras.
Enquanto isso quantas vidas se perderam?
Quantos ganharam dinheiro com isso tudo?
Levantei esse questionamento a dias atrás em meu blog, para se iniciar uma discussão encima do assunto.
Isso é benéfico para a sociedade, e cada um tem o direito de expressar sua opinião.
Deixei bem claro em minha postagem que naquele momento era a minha opinião, não quer dizer que eu estou com a razão ou seja o dono da verdade.
Foi no sentido de abrir uma discussão sobre o assunto, e mostrar para a sociedade que em nosso país tudo se faz com a intenção de alguém se dar bem.
Quanto ganhou quem fez o projeto de plantar estas árvores as margens da BR?
Quem vendeu as mudas, quanto ganhou?
Quem as plantou?
E agora quanto vai ganhar quem as explorar?
Sabemos que mesmo sendo fiscalizada a exploração desta madeira, não adianta haverá desvios, isso todos sabem do jeitinho brasileiro.
Agora temos que concertar aquilo que foi feito errado ou de segundas intenções.
E por tudo isso quantas vidas se perdeu?
Tudo por uma coisa que não poderia ter sido feita e agora temos que concertar.
Obrigado amigo Matheus pela contribuição.
Nem sempre somos os donos da verdade.

Postado por Ver. Bassin

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