22 de fevereiro de 2013

Foi dada a largada para as eleições de 2014


Brasil247


 O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, não perde tempo e busca cada vez mais ampliar os palanques do seu partido para as eleições de governador em 2014 e, em consequência, fortalecer o seu nome, caso confirme a intenção de se candidatar à Presidência da República no próximo ano. O socialista tenta atrair para o PSB a ex-corregedora nacional de Justiça e ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, com a possibilidade de a jurista disputar a eleição para o Senado ou ao governo da Bahia no pleito do ano que vem. Potencial candidato ao Palácio do Planalto, Campos se articula para fortalecer a sua legenda rumo às eleições para governador em 12 estados brasileiros.

No caso da Bahia, o motivo é o fato do Estado ser o quarto maior colégio eleitoral do país, com 10,5 milhões de eleitores. Ali, a presidente Dilma Rousseff (PT) teve 70% dos votos. Os interlocutores da ministra afirmam que Eliana estaria disposta a aceitar o convite. Por outro lado, a ex-corregedora nega a intenção de disputar algum cargo, seja para governadora ou senadora em 2014. A intenção de atrair Eliana Calmon para uma eventual disputa para o governo da Bahia seria fortalecer ainda mais o PSB na Região Nordeste, entrando, mais uma vez, em um confronto com o PT, que está à frente do estado com o governador Jaques Wagner. De acordo com informações do jornal o Estado de S. Paulo, o petista teria a pretensão de disputar a Presidência da República em 2018, ano em que Eduardo Campos pode estar no páreo, já que a sua candidatura em 2014 não está definida.

O governador vai buscar ao longo de 2013 articulações com diversas forças políticas para fortalecer o PSB e lançar 12 candidaturas da legenda para os Governos Estaduais, sendo seis delas para a reeleição. No Mato Grosso, por exemplo, Campos já teria entrado em contato com o deputado federal Pedro Taques (PDT-MT), potencial candidato ao governo.  Não se sabe ao certo como estão as negociações, porém as informações dão conta de que o PSB pretende estar no palanque dos pedetistas, provavelmente na vice. Caso Taques não aceite, os socialistas apoiariam a candidatura de José Riva (PSD).

Em Brasília (DF), governado pelo petista Agnelo Queiroz, o PSB já rompeu com o PT de Agnelo Queiroz deverá e lançar como candidato à sucessão do atual gestor o senador Rodrigo Rollemberg. Os socialistas tentam atrair o PDT para uma aliança e, para isso apoiariam o nome do deputado federal, José Antônio Raguffe, o mais votado do Distrito Federal para as eleições da Câmara dos Deputados, na disputa por uma cadeira no Senado.

Enquanto em São Paulo, as alianças ainda estão indefinidas, no Rio de Janeiro o governador Eduardo Campos pretende lançar candidato, porém, diante desta possibilidade, o gestor terá que dialogar com o senador Lindbergh Farias (PT), que é tido como o postulante do seu partido ao governo fluminense. Ainda conforme a reportagem, o apoio do petista ao PSB ocorreria apenas se Campos desistisse de concorrer à Presidência em 2014.

Essa posição quanto às candidaturas no Estado do Rio também é defendida pelo ex-presidente Lula, pelo governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Na avaliação do petista Déda, Eduardo Campos deveria lançar um voo nacional apenas em 2018. Caso não seja possível chegar a um consenso, o gestor pretende lançar um nome do PT para disputar o governo de Sergipe em 2014 contra o senador socialista Antônio Carlos Valadares, que pode concorrer no estado sergipano se Campos for candidato a presidente no próximo ano.

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