A mais nova estatal estadual gaúcha, a EGR, Empresa Gaúcha de Rodovias, empresa na qual o governador Tarso Genro aboletou seu companheiro de Partido, Luiz Carlos Bertotto, assumirá nesta sexta-feira a administração das estradas pedagiadas comunitárias de Portão, Campo Bom e Coxilha, criadas no governo Collares, enquanto aguarda pelo término das concessões nos sete polos rodoviários privatizados, dos quais herdará 820 quilômetros, a parte das estradas estaduais, porque a parte das rodovias federais será devolvida ao Dner, o que, aliás, já tinha sido feito pela ex-governadora Yeda Crusius.
. Nesta quinta-feira, o jornal Zero Hora fez um rápido exercício financeiro e concluiu que a EGR faturará R$ 120 milhões nas 14 praças de pedágios em 2013. Depois de extraídas todas as despesas,inclusive R$ 36 milhões com pessoal, sobrarão apenas R$ 14 milhões para investimento, que segundo o jornalista Carlos Rollsing, autor da matéria, daria para fazer o seguinte:
- Duplicação de apenas três quilômetros de rodovias.
. Nos anos seguintes, nada indica que o cenário será melhor.
. A EGR já nasce como um enorme elefante branco.
- Zero Hora e Rollsing sequer procuraram apurar o valor que o governo estadual terá que desembolsar para indenizar as empresas concessionárias de rodovias privatizadas, em função de sucessivas trapalhadas demagógicas de governos anteriores. É o caso das indenizações pelos prejuízos sofridos em função de tarifas impostas arbitrariamente pelo Piratini. As dívidas já foram reconhecidas pelo Daer, Agergs e ANTT e somam R$ 2,3 bilhões, valor de um ano atrás. A AGCR, que representa as concessionárias, alega que o governo não poderá considerar encerradas as concessões antes de pagar o que deve. O caso está na Justiça e não se resolveu, o que significa que a EGR poderá ficar apenas com os micos das estradas com pedágio comunitário, sofrendo enormes prejuízos.
Fonte: Políbio Braga
Postado por Pedro Bassin
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