16 de julho de 2013

CARTA AO PARLAMENTO – FRENTE PARLAMENTAR DA AGROPECUÁRIA – FPA “SEMANA DA DEPENDÊNCIA 2013”

Caríssimos Parlamentares,


Vislumbrando a extrema dificuldade de realizar as demandas e o esvanecimento do poder da classe agrária brasileira, o setor mais importante da economia do país e, ao mesmo tempo, o mais negligenciado setor da cadeia econômica nacional, carente de envergadura e força política decisiva, sujeito à atuação de ONG’s e demais organismos nacionais e internacionais nocivos a tentar reiteradamente manear a produção brasileira com ações retrógradas e de menor valia, vislumbramos o momento final e peremptório para a alteração desse estado de coisas.

Coordenamos uma ação abrangente a fim de obrigar, de forma lícita e robusta, a outorga de poder político ao setor primário do Brasil e dar à Frente Parlamentar da Agropecuária uma ferramenta de poder, nos moldes dos países desenvolvidos, de forma que a torne forte o suficiente para não depender de barganha na tomada dos rumos do desenvolvimento brasileiro em suas mãos, de forma que não haja de envergar ante qualquer governo, independente da linha ideológica.

Trata-se de um movimento de bases denominado “SEMANA DA DEPENDÊNCIA” e consubstancia-se em uma suspensão de fornecimento de gêneros alimentícios, principalmente carne e grãos, no período de 20 de agosto a 20 de setembro de 2013, cujo ápice do desabastecimento se dará na semana da pátria, no feriado do Dia da Independência. Daí o nome do movimento, com uma alusão clara de que o país ‘depende’ do produtor rural para existir.

É um movimento político de solidez e profundidade que visa, exclusivamente, tornar-se uma ferramenta, uma arma política poderosíssima e eficaz à disposição do parlamento da produção agropecuária, ante qualquer governo.

Todo produtor rural brasileiro deseja, necessita e quer participar da consecução de seus anseios, quer organizar o setor produtivo e tomar as decisões de governo nos níveis nacionais e internacionais. Dessa forma, quando o produtor formalizar essa ferramenta, estará concebido o poder de governo nos moldes da pujança desenvolvimentista que se aplica dentro das porteiras das propriedades brasileiras.

Necessitamos, então, de uma atuação de todos, do produtor rural, do parlamentar, dos sindicatos rurais de todo país, das federações e da CNA, uma atuação coordenada, com único objetivo concreto: divulgação dessa ferramenta.

Na prática, senhores, todo produtor, no território brasileiro, deve saber como agir nesse período (suspender sua comercialização de produtos).

Assim, as instituições, para evitarem responsabilização civil de qualquer natureza, devem apenas alertar a todos (governo e produtores) e com o máximo alcance possível, reiteradamente, de que o movimento irá, efetivamente, realizar-se e os motivos pelos quais será levado a cabo.

Os produtores deverão suspender as vendas no período de 20 de agosto a 20 de setembro de 2013, uma vez que não há determinação legal de datas para vendas de produtos que estão dentro das propriedades e tal comercialização segue ao toque do livre arbítrio de cada proprietário.

Ressalve-se que não deve haver quebra de contratos de venda já entabulados, a critério de cada produtor, posto tratar-se de direito disponível.

É uma realização operacionalmente simples, não demanda extremada coragem ou sacrifício, humano ou econômico para cada um.

Todos sabemos que estará concretizada a ferramenta que entregará ao produtor brasileiro o poder de mudar o Brasil e entregar uma herança corajosa aos nossos filhos.
 — com Stella Luzardo AlvesVicenzina PalomboJuarez Petry de SouzaVivian FauvelDanilo Alves Corrêa Filho e Glauco Mascarenhas.
Fonte: A VOZ DO CAMPO

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