9 de agosto de 2013

Dez anos após legalizada, soja transgênica domina lavouras no país

No Rio Grande do Sul, 99% do grão é cultivado com semente geneticamente modificada.

Quando lançaram ao solo as primeiras maradonas, nome dado às sementes de soja transgênicas que começaram a entrar por contrabando pela Argentina, em 1998, os gaúchos abriram caminho para o que se transformaria em uma revolução na agricultura do Brasil. Protagonista da polêmica que foi parar na Justiça, o Estado alcançou adesão quase plena aos transgênicos: hoje, 99% das lavouras de soja são cultivadas com sementes modificadas. No país, 10 anos após a legalização da venda, 92,4% das lavouras são plantadas com essa tecnologia.
– Foi uma batalha, e o Rio Grande do Sul foi herói, inclusive com produtores presos – recorda Glauber Silveira, presidente da Aprosoja.
Dez anos após legalizada, soja transgênica domina lavouras no país Luis Afonso Costa/Especial
Rogério Ceolin foi um dos precursores da produção transgênica em Tupancirtã.
A resistência aos transgênicos vinha de ambientalistas, movimentos sociais e consumidores receosos quanto aos efeitos da biotecnologia. Mas a desconfiança não impediu que as sementes modificadas dominassem as lavouras.
– A questão era ideológica. Até hoje, não se comprovou que os transgênicos tenham causado danos à saúde humana ou animal – diz o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan.
Fonte: Joana Colussi, Zerro Hora

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