21 de novembro de 2013

Lagarta que ataca a soja foi registrada no Rio Grande do Sul

Gisele Loeblein: Lagarta que ataca a soja foi registrada no Rio Grande do Sul Aiba/Divulgação
Técnicos e pesquisadores garantem que não há motivo para pânicoFoto: Aiba / Divulgação
Agora é oficial. Exames comprovaram que a tão temida lagarta helicoverpa armigera passou, de fato, pelo Rio Grande do Sul. A praga vem causando prejuízos bilionários nas lavouras do Brasil afora e já fez com que fosse decretado estado de emergência fitossanitária na Bahia e em Mato Grosso. Um terceiro Estado, Goiás, também já solicitou o status ao Ministério da Agricultura — o pedido está agora sob análise do departamento jurídico. E há o Piauí, que decretou situação de emergência estadual.
No Rio Grande do Sul, as lagartas para identificação foram coletadas por pesquisadores da UFSM, UPF e Embrapa Trigo em lavouras de soja da safra do verão passado (ciclo 2012/2013), em Espumoso, Carazinho e Passo Fundo.
Tamanha demora no diagnóstico oficial se deve à dificuldade da identificação. Conforme José Candido Motta, diretor de defesa vegetal da Secretaria da Agricultura, existem apenas duas maneiras de fazer isso: por meio de exame de DNA e pela genitália do macho. Por isso, a confusão com outras lagartas que atacam lavouras gaúchas é comum.
Técnicos e pesquisadores garantem, contudo, que não há motivo para pânico. Para traçar uma estratégia de ação, um grupo de especialistas se reúne hoje na superintendência do Ministério da Agricultura do Estado. A partir daí, serão detalhadas as estratégias de controle, explica Jairo Carbonari, do serviço de sanidade vegetal da superintendência. Programas de monitoramento já estão sendo feitos.
No país, a voracidade com que a helicoverpa tem consumido os lucros de produtores é tamanha que forçou a adoção de medidas drásticas. Em outubro, a presidente Dilma Rousseff autorizou a adoção de procedimentos específicos para o controle da praga. Entre as medidas está a liberação, em caráter temporário e emergencial, da importação de defensivos que tenham como ingrediente ativo o benzoato de emamectina, substância não autorizada nas lavouras do Brasil. Para que isso ocorra, porém, o decreto de emergência fitossanitária é pré-requisito.
Fonte: Zero Hora

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