22 de julho de 2014

Governo corta previsão de crescimento do PIB em 2014 para 1,8%

Apesar do recuo, projeção é mais otimista que a média do mercado, que espera alta menor que 1% do PIB; expectativa para a inflação subiu para 6,2%.
Diante do fraco desempenho da atividade econômica no primeiro semestre, a equipe econômica foi obrigada a reduzir de 2,5% para 1,8% a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014. Apesar do recuo, a nova estimativa ainda é considerada otimista. Os analistas do mercado financeiro projetam, segundo a última pesquisa semanal Focus do Banco Central, uma alta de apenas 0,97% do PIB este ano. Já o BC projetou um crescimento de 1,6% no Relatório Trimestral de Inflação de junho.
A nova projeção de PIB do governo foi incluída no relatório bimestral de reprogramação do Orçamento, divulgado nesta terça-feira, 22, pelo Ministério do Planejamento. A estimativa de PIB é usada como parâmetro para as projeções de receitas e despesas.
No relatório, o governo elevou também a projeção de IPCA para o ano de 5,60% para 6,20%. O valor está abaixo da projeção de inflação do BC de 6,4% para 2014. O mercado, na pesquisa Focus, projeta que o IPCA terminará o ano em 6,44%. A previsão de IGP-DI em 2014 foi mantida em 7,25%.
Extra. O governo contará com receitas extraordinárias de R$ 27,016 bilhões de julho a dezembro de 2014. Somente com a reabertura do Refis da Crise é esperada uma arrecadação extra de R$ 18 bilhões. No relatório anterior, a previsão de receitas com o Refis era de R$ 12,5 bilhões.
No relatório anterior, a previsão de arrecadação extra era de R$ 24,338 bilhões entre maio e dezembro desse ano. De janeiro a abril, as receitas extraordinárias já somaram R$ 4,1 bilhões.
Também foram incorporados R$ 2,2 bilhões às estimativas de receitas não administrada pela Receita Federal. Desse total, R$ 2 bilhões são referentes ao bônus de assinatura da Petrobrás pelo excedente da exploração de petróleo e gás da camada de pré-sal. O restante se refere, segundo o relatório, à "atualização das estimativas das fontes próprias, convênios e doações, considerando as novas informações fornecidas pelos órgãos e entidades da União que têm valores a receber no ano de 2014".
O relatório divulgado não fez referência à previsão de receita com concessões e dividendos.
Fonte:O Estadão

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