22 de junho de 2012

O Brasil não é um país sério


Imagem da campanha “Você é uma vítima da corrupção”, da produtora Na Laje Filmes 
A agenda política do país foi pautada nas duas últimas semanas pelos desdobramentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional, que aponta as conexões de um bicheiro com o poder, e pela movimentação de um ex-presidente desesperado fazendo chantagem a um ministro do Supremo Tribunal Federal, na tentativa de evitar o julgamento do maior esquema de desvio de recursos públicos da história da República. Diante desses fatos, somos levados a crer que a corrupção se limita a classe política.

Na verdade, os políticos refletem apenas um traço cultural dos brasileiros. Existem corruptos em toda parte. Encontramos corrupção no setor privado, na esfera pública, em casa, na vizinhança, em organizações religiosas, nos bancos escolares etc. O famoso “jeitinho” é a síntese da corrupção que se encontra nas vísceras dos brasileiros.

Podemos citar como exemplos de corrupção os empresários que sonegam tributos, as pessoas físicas que enganam o fisco, os caloteiros, os que passam cheques sem fundos, os que roubam energia e água (gatos), os que invadem terrenos em centros urbanos e os que sonegam informações para obtenção de algum benefício (muito comum no país das “bolsas”). Quem nunca se deparou com algum exemplo desses?

Enquanto o Brasil não encarar a corrupção como uma doença vamos seguir acompanhado a eliminação de riquezas, a limitação do desenvolvimento e o extermino de gerações. A tarefa pode ser encarada como uma missão quase impossível, tendo em vista o quadro de deterioração onde nos encontramos. Entretanto, o sentimento de indignação dos que ainda são honestos pode servir como motor de um movimento contra a impunidade, alimento dos corruptos de diferentes origens.
Fonte:Palpite Politico
Postado por Ver. Bassin