8 de novembro de 2013

Produtores da região Sul se mobilizam contra a demarcação de terras indígenas

Questão indígena: produtores rurais fecham durante 3 horas a sede regional da Funai em Passo Fundo/RS em apoio aos agricultores mobilizados em Brasília. O objetivo é impedir a demarcação física de uma área indígena em Sananduva/RS que deve começar a ser feita na próxima segunda-feira(11).

Nesta quarta-feira (6), produtores rurais da região Sul se mobilizaram contra as demarcações de terras indígenas interrompendo a entrada no Palácio da Justiça em Brasília. Além disso, outros agricultores também se mobilizaram fechando uma rodovia próxima a Sananduva (RS) e em Passo Fundo (RS) houve um movimento na sede regional da Funai.
De acordo com o Vice-Presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, Jair Rodrigues, o movimento no município foi em linha com a mobilização de Brasília com o objetivo de protestar contra as demarcações físicas da área de Sananduva, programadas para o próximo dia 11: “Nós chegamos a sede regional da Funai ás 7h30 e impedimos que os funcionários iniciassem o trabalho até que o coordenador nos recebesse, mas por volta das 10h liberamos o acesso ao local marcando uma reunião com ele para a próxima sexta-feira (8)”.
A questão indígena na região Sul é tão grave que em Sananduva um grupo de indígenas chegou a uma propriedade de 60 hectares e deu 48h para que os produtores deixassem o local e tirassem as suas máquinas e insumos agrícolas. Após esse prazo os índios invadiram a casa e o galpão da fazenda, mas o proprietário conseguiu a reintegração de posse na justiça com um prazo de 48h, porém os indígenas deixaram o local apenas uma semana depois.
Rodrigues afirma que a partir do dia 11 o Sindicato estará organizado para orientar os produtores a não deixarem ocorrer à demarcação de terras: “Se os agricultores em Brasília não conseguirem resolver a questão, nós vamos resolver com força física”. Na região, a Funai quer 68 mil hectares para dar a 200 índios, enquanto 3 mil famílias de produtores serão desabrigadas.
Fonte: Noticias Agricolas

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