27 de agosto de 2013

Estudantes ocupam Assembleia Legislativa em protesto na Capital

Grupo apoia greve dos professores e é contra mudança curricular.

Estudantes ocupam Assembleia Legislativa em protesto na Capital<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Giusti / PMPA / Divulgação / CP
Estudantes ocupam Assembleia Legislativa em protesto na Capital
Crédito: Ricardo Giusti / PMPA / Divulgação / CP
Centenas de estudantes realizaram um protesto na manhã desta terça-feira no Centro de Porto Alegre. O grupo foi até a Assembleia Legislativa e ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. No ato, os alunos prestaram apoio à greve dos professores, deflagrada nessa segunda, e se manifestaram contra a mudança curricular do Ensino Médio, com a implantação do Ensino Politécnico.

Uma audiência pública que discutiria o assunto estava marcada para as 9h30min no Parlamento. Entretanto, devido à ocupação da sala onde ocorreria o encontro, a agenda foi suspensa pela presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Ana Affonso (PT), em acordo com os deputados proponentes Gilberto Capoani (PMDB) e Maria Helena Sartori (PMDB).

Segundo a presidente, a decisão foi tomada  com a orientação do setor de segurança da Casa, para "garantir a tranquilidade do debate e o espaço democrático para manifestações, com o respeito necessário". O espaço onde ocorreria a audiência, a sala Salzano Vieira da Cunha, ficou pequeno para a quantidade de interessados em participar da atividade, em sua maioria professores e estudantes. Os maiores espaços do prédio - o Teatro Dante Barone e o Plenarinho - já estavam ocupados por outros eventos.

De acordo com a deputada petista, prevendo grande presença popular, o colegiado decidiu abrir mais duas salas para transmissão da audiência pública através de um telão. "Mesmo assim houve tumulto, algumas pessoas quiseram invadir a sala", completou a parlamentar.

Segundo o governo do Estado, o objetivo da medida curricular é aproximar os estudantes do mundo do trabalho. mas o método divide opiniões. Os professores alegam que não há estrutura para implantar o formato proposto. “Os estudantes têm a compreensão do que significa a reestruturação do Ensino Médio no Rio Grande do Sul e a precarização da educação, a redução da cargas horárias de disciplinas fundamentais para que as pessoas tenham oportunidade de passar no vestibular e ingressar no Ensino Superior.  Eles querem ser ouvidos por esse governo, que insiste em não ouvir”, explicou uma das coordenadoras do movimento de greve do Cpers, Mari Andréia Oliveira Andrade.

Problemas no trânsito

A manifestação causou problemas no trânsito no Centro da Capital e exigiu paciência dos motoristas que utilizaram as vias próximas à Praça da Matriz durante a manhã. Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a rua Duque de Caxias precisou ser bloqueada em frente ao Palácio Piratini. Agentes de trânsito orientavam os condutores durante o protesto.

Com as informações do repórter Luciano Nagel
Fonte: Correio do Povo

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